Bei de Tunes

Muhammad VIII al-Amin (Lamine Bey), o último bei de Tunes

Bei de Tunes foi o título dos governantes do que é hoje a Tunísia entre o início de século XVII (ou século XVIII, segundos outros autores) e 1957, quando foi instituida a república.

Originalmente o Bei de Tunes era basicamente um governador civil do Império Otomano, que em 1574 tomou definitivamente o controlo do país. A partir do início do século XVIII, com a ascensão ao poder dos husseinitas, os beis alcançam uma autonomia de facto, que é quase uma espécie de independência, embora continuando sob suserania do sultão de Constantinopla. O primeiro representante dessa dinastia foi Huceine ibne Ali, que assumiu o poder em 1705.[1] O regime "beilhical" que pôs fim ao breve episódio de Ibraim Cheri, que tinha ajudado a derrubar a dinastia murádida, tornou-se rapidamente uma monarquia na qual o bei é o soberano.

Depois de ter perdido grande parte do seu poder durante o protetorado francês, a partir de 1881, os beis só perderiam definitivamente o poder após a independência da Tunísia, proclamada em 1956. Embora no mesmo ano tenha sido proclamado o "Reino da Tunísia", o poder de facto já estava nas mãos do partido Néo-Destour, de Habib Bourguiba. A república tunisina é proclamada a 25-7-1957, abolindo assim todo o poder monárquico.[2]

  1. Sebaï 2007, p. 11.
  2. Abbassi 2005, p. 31.

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